Foto: Welber Santiago/
Nesta sexta-feira (23), durante a II Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (FEAAP), no distrito de Nova Palmares, em Conceição do Coité, aconteceu a primeira Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Sisal, iniciativa conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri). O encontro congregou produtores, representantes de associações e autoridades do serviço público para deliberar sobre os desafios e oportunidades frente à produção da fibra na região.
Os desafios prementes enfrentados pela cadeia produtiva do sisal na Bahia foram objeto de debate, incluindo a instabilidade do mercado internacional, a necessidade premente de inovação tecnológica e a escassez de mão de obra qualificada.
Representando o secretário estadual da Agricultura, Wallison Tum, o chefe de gabinete da pasta, Luiz Rezende, enfatizou: “o que realizamos aqui hoje representa um marco crucial para o desenvolvimento sustentável dessa cadeia produtiva na Bahia, por meio da colaboração entre o setor público, privado e os produtores. A cultura do sisal no estado tem potencial para superar os desafios e alcançar um futuro promissor, gerando renda, emprego e promovendo o desenvolvimento social na região. A Seagri está totalmente comprometida com essa causa”, concluiu.
A reunião formalizou a posse dos membros da Câmara Setorial do Sisal. A eleição de Rafael da Silva Mota, membro titular do Sindicato Rural de Conceição do Coité e doutor em Ciências Agrárias, como presidente da câmara, reforça a representatividade e a busca pelo diálogo entre os diversos segmentos envolvidos.
“Assumir a presidência da Câmara Setorial do Sisal é uma honra. Trabalharemos incessantemente para assegurar que as vozes dos produtores, associações e do setor público sejam ouvidas, sempre buscando o progresso e a valorização dessa atividade essencial para nossa região”, assegurou Rafael.
A instauração da Câmara Setorial do Sisal foi instituída pela Seagri mediante a Portaria Nº 98, divulgada em 23 de dezembro de 2023. Essa iniciativa tem como propósito estabelecer políticas para a atividade, delineando diretrizes e avaliando os resultados das ações empreendidas pelo Estado. Sob a supervisão do titular da Seagri, Wallison Tum, a câmara objetiva fomentar a articulação entre os setores público e privado, subsidiando a formulação, aplicação e repercussões de Políticas Públicas voltadas para o agronegócio baiano.
A cultura do sisal desempenha um papel socioeconômico crucial para a Bahia, especialmente nas regiões semiáridas, gerando renda e emprego para milhares de famílias e contribuindo para a fixação da população (êxodo rural) no campo e o desenvolvimento regional.
Apesar dos desafios, o futuro do sisal na Bahia se mostra promissor. A fibra apresenta diversas aplicações em distintos setores da economia, como a indústria automobilística, a construção civil e a produção de cordas e fios.
De acordo com dados fornecidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Bahia é reconhecida como o maior produtor de sisal do Brasil, responsável por aproximadamente 94,5% da produção nacional. A fibra do sisal, tanto beneficiada quanto industrializada, contribui com aproximadamente 30 milhões de dólares em divisas para o Brasil, gerando mais de meio milhão de empregos em sua cadeia de serviços.
No que concerne às exportações, o Brasil registrou um aumento significativo no primeiro semestre de 2023, exportando cerca de 40 mil toneladas de fibras de sisal, impulsionado pela melhora no cenário econômico internacional. Os principais destinos das exportações brasileiras de sisal foram a China e os Estados Unidos.
Fonte: Ascom/Seagri